O deputado Geraldo Tenuta (DEM/SP), o Bispo Gê (foto), da Igreja Renascer em Cristo, apresentou projeto de lei que pretende punir quem faz download e compartilha conteúdo protegido por direito autoral de forma ilegal na internet. No início do mês de junho, o deputado Geraldo Tenuta Filho (DEM/SP)— conhecido como Bispo Gê Tenuta ("um dos" braços direitos do casal Hernandes ["o outro" braço direito é o bispo Zé Bruno, líder e vocalista da banda Resgate]) — apresentou um projeto de lei que pretende punir quem faz download e compartilha conteúdo protegido por direito autoral de forma ilegal na internet. Se aprovado, os provedores de acesso serão obrigados a identificar os infratores e, na primeira ocorrência, notificar o usuário por e-mail.
Caso aconteça de novo, a mesma atitude deverá ser tomada, dessa vez sinalizando a ocorrência de um crime. A partir daí, o acesso seria suspenso de três a seis meses. Em uma sexta violação, o serviço é cancelado. Ainda de acordo com o documento, o usuário não será isento da cobrança do serviço durante o período em que a conexão estiver interrompida.
O projeto de lei é inspirado em uma decisão da Assembleia Nacional da França com os mesmos objetivos, que aconteceu em maio passado. No entanto, menos de um mês depois, a medida foi suspensa pela corte francesa — justificando que ela violava, entre outros, o direito do livre discurso.
Por aqui, o projeto de lei também corre o risco de nem sair do papel pelos mesmos motivos que a medida francesa — fere uma série de direitos, principalmente o do consumidor.
Para José Vaz, Coordenador da Diretoria de Direitos Intelectuais do Ministério da Cultura, o projeto parte de uma perspectiva meramente repressiva, que fere os direitos individuais e a neutralidade da tecnologia.
Uma pesquisa da Futuresource Consulting apontou que 8 em cada dez consumidores da Grã-Bretanha, Alemanha, Estados Unidos e, inclusive, França admitem fazer download ilegal de vídeos na internet.
Para ele, as discussões devem se focar na mudança das práticas sociais, no modelo de negócios e na maneira como as gravadoras encaram a internet.
De acordo com um estudo divulgado por economistas da Harvard Business School, o compartilhamento de arquivos pela internet não atrapalha a produção criativa. Desde 2000, por exemplo, a indústria fonográfica duplicou sua produção e o lucro dos artistas com shows, por exemplo, cresceu. O que caiu foram as vendas de gravações.
Um ponto interessante da pesquisa é que a indústria fonográfica ainda lucra, mas o dinheiro é melhor distribuido: enquanto as gravadoras sofrem, outras empresas relacionadas ao mundo musical e reprodutores musicais aumentam os lucros.
No dia 18 de junho, uma americana foi condenada a pagar quase US$ 2 milhões pelo download ilegal de 24 músicas, no único caso que terminou em julgamento nos EUA —outras 29.999 denúncias já foram apresentadas pela Associação da Indústria de Gravação dos EUA contra pessoas acusadas de baixarem conteúdo ilegal.
Qual sua opinião quanto a baixar e compartilhar arquivos protegidos por direitos de propriedade intelectual? Você é a favor ou contra? Sabemos que essa prática é comum também entre os internautas evangélicos, qual a orientação que você recebe sobre isso por parte de sua liderança eclesiástica?
Caso aconteça de novo, a mesma atitude deverá ser tomada, dessa vez sinalizando a ocorrência de um crime. A partir daí, o acesso seria suspenso de três a seis meses. Em uma sexta violação, o serviço é cancelado. Ainda de acordo com o documento, o usuário não será isento da cobrança do serviço durante o período em que a conexão estiver interrompida.
O projeto de lei é inspirado em uma decisão da Assembleia Nacional da França com os mesmos objetivos, que aconteceu em maio passado. No entanto, menos de um mês depois, a medida foi suspensa pela corte francesa — justificando que ela violava, entre outros, o direito do livre discurso.
Por aqui, o projeto de lei também corre o risco de nem sair do papel pelos mesmos motivos que a medida francesa — fere uma série de direitos, principalmente o do consumidor.
reconhece o parlamentar. Por enquanto, nenhum deputado manisfestou interesse em apoiar o projeto de lei."Sabemos que serão apontadas inconstitucionalidades no projeto, mas acreditamos que será, pelo menos, uma maneira de começarmos a discutir novas maneiras de ver o direito autoral na internet",
Para José Vaz, Coordenador da Diretoria de Direitos Intelectuais do Ministério da Cultura, o projeto parte de uma perspectiva meramente repressiva, que fere os direitos individuais e a neutralidade da tecnologia.
diz Vaz."Vemos que a sociedade encara o direito autoral de uma maneira que vai totalmente na contramão dessa ideia. É só observar a eleição do partido pirata [Pirate Party] para o Parlamento Europeu e o número de pessoas que admitem fazer download ilegal",
Uma pesquisa da Futuresource Consulting apontou que 8 em cada dez consumidores da Grã-Bretanha, Alemanha, Estados Unidos e, inclusive, França admitem fazer download ilegal de vídeos na internet.
Para ele, as discussões devem se focar na mudança das práticas sociais, no modelo de negócios e na maneira como as gravadoras encaram a internet.
completa."Não podemos negar que existe um problema em relação ao direito autoral. No entanto, é nítido também que a indústria musical está pagando o preço pela sua inércia",
De acordo com um estudo divulgado por economistas da Harvard Business School, o compartilhamento de arquivos pela internet não atrapalha a produção criativa. Desde 2000, por exemplo, a indústria fonográfica duplicou sua produção e o lucro dos artistas com shows, por exemplo, cresceu. O que caiu foram as vendas de gravações.
Um ponto interessante da pesquisa é que a indústria fonográfica ainda lucra, mas o dinheiro é melhor distribuido: enquanto as gravadoras sofrem, outras empresas relacionadas ao mundo musical e reprodutores musicais aumentam os lucros.
No dia 18 de junho, uma americana foi condenada a pagar quase US$ 2 milhões pelo download ilegal de 24 músicas, no único caso que terminou em julgamento nos EUA —outras 29.999 denúncias já foram apresentadas pela Associação da Indústria de Gravação dos EUA contra pessoas acusadas de baixarem conteúdo ilegal.
Qual sua opinião quanto a baixar e compartilhar arquivos protegidos por direitos de propriedade intelectual? Você é a favor ou contra? Sabemos que essa prática é comum também entre os internautas evangélicos, qual a orientação que você recebe sobre isso por parte de sua liderança eclesiástica?