Reverência, por favor!
Sim, é isto o que a banda Petra merece. Tudo começou na década de 70. 1972, para ser mais preciso. Bob Hartman e Greg Hough enquanto estudavam no Christian Training Center em Fort Wayne, Indiana, EUA. Lá eles encontraram o baixista John DeGroff e começaram a tocar juntos. O baterista Bill Glover entrou depois na banda. A banda fazia parte do Jesus Movement, um movimento cristão de contrapartida ao movimento Hippie.
Apesar da banda não ter emplacado nenhum grande sucesso durante essa época, construiu uma base sólida de fãs. O álbum de estréia que leva o nome da banda foi lançado em 1974. "Petra" significa "rocha" em grego, e é uma alusão tanto ao estilo musical da banda (rock é o termo em inglês para rocha) ou seja, uma referência explícita e direta à fé dos integrantes da banda. Ou seja, a banda levava JESUS até no nome, identificação cristã explícita.
No início, Hartman e Hough dividiam os vocais. Mas no próximo álbum, Come and Join Us, o então baterista auxiliar de palco Greg X. Volz foi convidado a fazer os vocais principais da banda. Volz aceitou e a banda continuou seu caminho. Um pouco depois do lançamento desse álbum, Hough, DeGroff, e Glover deixaram a banda, e Hartman ficou sozinho com Volz, que foi um período de instabilidade. Acabou resultando no lançamento do terceiro álbum em 1979, Washes Whiter Than, enquanto Volz assumia completamente os vocais.
Falar que Petra é referência na música gospel é ser óbvio, falar que Petra é uma das bandas de rock cristão de maior sucesso em todos os tempos, ídem. Falar o que então sobre Petra? Reverência, por favor!
Petra ganhou inúmeros prêmios e vendeu milhões de discos. Que novidade, hein? Reverência, por favor! Petra foi pioneiro em seu estilo e é aclamado por fãs de todas as idades até hoje. Muitas bandas que vieram depois se inspiraram no Petra e assumem este fato sem medo de serem felizes.
Mas – como não podia deixar de ser - os primeiros anos da banda no entando foram de grande polêmica no meio cristão protestante dos EUA, pois o Rock era mal visto pelos cristãos conservadores norte-americanos na época. O Petra só ganhou o sucesso e a aceitação depois de quase oito anos (Isto mesmo, oito anos!) no anonimato. Mas, Petra continuou firme na Rocha. Desde então a banda esteve constantemente na ativa até o fim de 2005, quando – para tristeza de incontáveis fãs, dentre os quais, me incluo com muita honra - Bob Hartman decidiu encerrar as atividades.
Apesar de já ter seguido muitos estilos de Rock, o Petra gravou mais álbuns em estilo Hard rock. Uma característica marcante da banda são suas letras abrangentes, que tratam tanto de crítica social e moral, como de exortação cristã e pregação da crença em Cristo.
O vovô Bob Hartman foi o líder e compositor da banda durante os mais de trinta anos na estrada, e o único membro constante.
Antes de continuar: reverência, por favor!
Com o início da década de 80, Bob Hartman recrutou o baixista Mark Kelly e o tecladista John Slick. Com a banda renovada e sem nada a perder, o Petra grava o álbum Never Say Die, com um som mais pesado, no estilo Hard rock. A fórmula deu certo, e o Petra emplacou nas paradas de sucesso da música gospel, com músicas sendo tocadas extensivamente nas rádios. Este álbum foi crucial para a carreira da banda, que iria terminar se o trabalho não desse certo.
O baterista Louie Weaver se juntou à banda um pouco depois do lançamento do Never Say Die. Os próximos dois álbuns seguiram o estilo Hard rock: More Power To Ya em 1982 e Not of This World em 1983. John Slick deixou a banda nessa época, sendo substituído por John Lawry. Com a entrada de Lawry a banda gravou um álbum totalmente diferente do estilo que vinha tocando: Beat The System, lançado em 1984. Lawry utilizou pesadamente sintetizadores e baterias eletrônicas, fazendo o som da banda mudar para um Techno rock dos anos 80.
Com o sucesso que vinha fazendo, o Petra gravou em 1985 um álbum ao vivo, o Captured In Time And Space, marcando o som dos últimos cinco anos da banda, que viria a mudar com a saída do vocalista Greg Volz. Volz procurava seguir carreira solo e por isso abandonou a banda. John Schlitt, ex-vocalista da banda secular Head East foi convidado para a banda. Com essa formação o Petra gravou Back To The Street em 1986 e This Means War em 1987. Estes álbuns possuem um estilo um pouco diferente do anterior. Os teclados estão mais presentes, lembrando o som de bandas de Glam metal, como Van Halen. A voz de John Schlitt também é um grande diferencial nesta fase da banda. O baixista Mark Kelly abandonou a banda após This Means War, e para o próximo álbum foi chamado Ronny Cates para substituí-lo. O álbum On Fire foi um sucesso, levando a banda a ganhar seu primeiro Grammy, de melhor performance gospel. Em 1989 a banda gravou um álbum de hinos protestantes conhecidos, chamado Petra Praise: The Rock Cries Out.
Com a formação da banda estável, Petra gravou em 1990 o álbum Beyond Belief, considerado pela maior parte dos fãs o melhor da banda. Este álbum é marcado por um som pesado e ritmado, tendo só duas baladas entre as dez faixas. Em 1991 veio Unseen Power, com mais teclados. Em 1992 o álbum Petra Praise foi regravado com os vocais em espanhol e lançado como "Petra En Alabanza".
O ano de 1993 viu o último álbum da formação mais aclamada do Petra, Wake-Up Call. Este álbum possui uma combinação de som pesado, músicas rápidas, baladas e uma ótima performance do vocalista John Schlitt. Estes três últimos trabalhos da banda (excluindo Petra en Alabanza) foram os maiores sucessos de sua carreira, todos sendo premiados com o Grammy de melhor álbum de gospel rock do ano.
Após a turnê de Wake-Up Call, John Lawry deixou a banda para se dedicar a projetos pessoais, e Bob Hartman abandonou a guitarra para se tornar o produtor e compositor da banda e ficar mais tempo com a família.
Entram então o tecladista Jim Cooper, que era técnico de John Lawry, e o guitarrista David Lichens. A banda grava e lança em 1995 o álbum No Doubt. Apesar do relativo sucesso do álbum, os dois novos membros iriam sair mais tarde devido a conflitos pessoais com John Schlitt, além do baixista Ronny Cates, devido a problemas familiares. Entra então na banda o baixista Lonnie Chapin, e a banda grava Petra Praise 2: We Need Jesus, lançado em 1997. Este trabalho foi muito bem recebido, apesar das crises na banda.
O guitarrista e tecladista Kevin Brandow e o guitarrista Pete Orta entram na banda, dando um som totalmente novo ao álbum God Fixation, em 1998. O estilo deste álbum tende ao Pop rock contemporâneo. Em 2000 o Petra lança Double Take, um álbum com os maiores sucessos da banda em versão acústica. Apesar do descontentamento dos fãs mais antigos com as novas versões dos clássicos, o álbum levou a banda a ganhar seu último Grammy, de melhor álbum de Gospel rock do ano.
Kevin Brandow abandonou a banda antes da gravação desse álbum, sendo substituído por Trent Thomason. Mas todos estes jovens membros acabaram por deixar a banda após a turnê, e para piorar a gravadora rompeu com o Petra, colocando a banda quase que num fim forçado.
Foi então que Bob Hartman decidiu entrar novamente na banda, tentando reerguê-la. Com uma nova gravadora, o Petra lança em 2001 Revival, um outro álbum de hinos de louvor. Este álbum ganhou alguma atenção para a banda, que saiu para uma turnê com os novos membros Bryce Bell (teclados), Quinton Gibson (guitarra) e Greg Bailey (baixo). A turnê obteve um bom sucesso, e a banda parecia estar renascendo das cinzas, mas mais problemas ainda viriam. Quinton Gibson e Bryce Bell deixaram a banda, e um problema interno que gerou muita polêmica entre os fãs: o baterista Louie Weaver foi mandado embora, depois de 22 anos na banda.
A banda tentou dissipar os rumores e com o baterista Paul Simmons e Bob Hartman reassumindo as guitarras, gravou Jekyll and Hyde, o álbum mais pesado já gravado pelo grupo, lançado em 2003. O trabalho recebeu boas críticas, mas gerou pouco interesse na banda.
Então Bob Hartman, não suportando mais os recentes altos e baixos e a pouca atenção que o grupo tinha nos Estados Unidos, decide encerrar a banda no fim de 2005. Em 4 de outubro desse ano, a banda grava um show em Franklin, Tennessee, junto com os antigos integrantes John Lawry e Greg Volz, e lança como seu segundo e último álbum ao vivo: Petra Farewell (farewell significa "adeus" em inglês), que também foi lançado em DVD. Sim, era o fim do Petra. A banda veio aqui em Minas, para o show de despedida e rolou várias caravanas em direção à cidade onde fizeram a apresentação. Os tiozinhos foram uma simpatia só.
Deram entrevista para a imprensa local, visitaram emissoras de rádio e a Rede Super fez um especial em uma merecida homenagem à banda.
O vocalista John Schlitt continua seguindo seu trabalho solo após o fim da banda, e o ex-baterista Louie Weaver se juntou a outros veteranos do Rock cristão e formou a banda Viktor.
Por tudo isso, eu peço mais uma vez: reverência, por favor!!!
Sim, é isto o que a banda Petra merece. Tudo começou na década de 70. 1972, para ser mais preciso. Bob Hartman e Greg Hough enquanto estudavam no Christian Training Center em Fort Wayne, Indiana, EUA. Lá eles encontraram o baixista John DeGroff e começaram a tocar juntos. O baterista Bill Glover entrou depois na banda. A banda fazia parte do Jesus Movement, um movimento cristão de contrapartida ao movimento Hippie.
Apesar da banda não ter emplacado nenhum grande sucesso durante essa época, construiu uma base sólida de fãs. O álbum de estréia que leva o nome da banda foi lançado em 1974. "Petra" significa "rocha" em grego, e é uma alusão tanto ao estilo musical da banda (rock é o termo em inglês para rocha) ou seja, uma referência explícita e direta à fé dos integrantes da banda. Ou seja, a banda levava JESUS até no nome, identificação cristã explícita.
No início, Hartman e Hough dividiam os vocais. Mas no próximo álbum, Come and Join Us, o então baterista auxiliar de palco Greg X. Volz foi convidado a fazer os vocais principais da banda. Volz aceitou e a banda continuou seu caminho. Um pouco depois do lançamento desse álbum, Hough, DeGroff, e Glover deixaram a banda, e Hartman ficou sozinho com Volz, que foi um período de instabilidade. Acabou resultando no lançamento do terceiro álbum em 1979, Washes Whiter Than, enquanto Volz assumia completamente os vocais.
Falar que Petra é referência na música gospel é ser óbvio, falar que Petra é uma das bandas de rock cristão de maior sucesso em todos os tempos, ídem. Falar o que então sobre Petra? Reverência, por favor!
Petra ganhou inúmeros prêmios e vendeu milhões de discos. Que novidade, hein? Reverência, por favor! Petra foi pioneiro em seu estilo e é aclamado por fãs de todas as idades até hoje. Muitas bandas que vieram depois se inspiraram no Petra e assumem este fato sem medo de serem felizes.
Mas – como não podia deixar de ser - os primeiros anos da banda no entando foram de grande polêmica no meio cristão protestante dos EUA, pois o Rock era mal visto pelos cristãos conservadores norte-americanos na época. O Petra só ganhou o sucesso e a aceitação depois de quase oito anos (Isto mesmo, oito anos!) no anonimato. Mas, Petra continuou firme na Rocha. Desde então a banda esteve constantemente na ativa até o fim de 2005, quando – para tristeza de incontáveis fãs, dentre os quais, me incluo com muita honra - Bob Hartman decidiu encerrar as atividades.
Apesar de já ter seguido muitos estilos de Rock, o Petra gravou mais álbuns em estilo Hard rock. Uma característica marcante da banda são suas letras abrangentes, que tratam tanto de crítica social e moral, como de exortação cristã e pregação da crença em Cristo.
O vovô Bob Hartman foi o líder e compositor da banda durante os mais de trinta anos na estrada, e o único membro constante.
Antes de continuar: reverência, por favor!
Com o início da década de 80, Bob Hartman recrutou o baixista Mark Kelly e o tecladista John Slick. Com a banda renovada e sem nada a perder, o Petra grava o álbum Never Say Die, com um som mais pesado, no estilo Hard rock. A fórmula deu certo, e o Petra emplacou nas paradas de sucesso da música gospel, com músicas sendo tocadas extensivamente nas rádios. Este álbum foi crucial para a carreira da banda, que iria terminar se o trabalho não desse certo.
O baterista Louie Weaver se juntou à banda um pouco depois do lançamento do Never Say Die. Os próximos dois álbuns seguiram o estilo Hard rock: More Power To Ya em 1982 e Not of This World em 1983. John Slick deixou a banda nessa época, sendo substituído por John Lawry. Com a entrada de Lawry a banda gravou um álbum totalmente diferente do estilo que vinha tocando: Beat The System, lançado em 1984. Lawry utilizou pesadamente sintetizadores e baterias eletrônicas, fazendo o som da banda mudar para um Techno rock dos anos 80.
Com o sucesso que vinha fazendo, o Petra gravou em 1985 um álbum ao vivo, o Captured In Time And Space, marcando o som dos últimos cinco anos da banda, que viria a mudar com a saída do vocalista Greg Volz. Volz procurava seguir carreira solo e por isso abandonou a banda. John Schlitt, ex-vocalista da banda secular Head East foi convidado para a banda. Com essa formação o Petra gravou Back To The Street em 1986 e This Means War em 1987. Estes álbuns possuem um estilo um pouco diferente do anterior. Os teclados estão mais presentes, lembrando o som de bandas de Glam metal, como Van Halen. A voz de John Schlitt também é um grande diferencial nesta fase da banda. O baixista Mark Kelly abandonou a banda após This Means War, e para o próximo álbum foi chamado Ronny Cates para substituí-lo. O álbum On Fire foi um sucesso, levando a banda a ganhar seu primeiro Grammy, de melhor performance gospel. Em 1989 a banda gravou um álbum de hinos protestantes conhecidos, chamado Petra Praise: The Rock Cries Out.
Com a formação da banda estável, Petra gravou em 1990 o álbum Beyond Belief, considerado pela maior parte dos fãs o melhor da banda. Este álbum é marcado por um som pesado e ritmado, tendo só duas baladas entre as dez faixas. Em 1991 veio Unseen Power, com mais teclados. Em 1992 o álbum Petra Praise foi regravado com os vocais em espanhol e lançado como "Petra En Alabanza".
O ano de 1993 viu o último álbum da formação mais aclamada do Petra, Wake-Up Call. Este álbum possui uma combinação de som pesado, músicas rápidas, baladas e uma ótima performance do vocalista John Schlitt. Estes três últimos trabalhos da banda (excluindo Petra en Alabanza) foram os maiores sucessos de sua carreira, todos sendo premiados com o Grammy de melhor álbum de gospel rock do ano.
Após a turnê de Wake-Up Call, John Lawry deixou a banda para se dedicar a projetos pessoais, e Bob Hartman abandonou a guitarra para se tornar o produtor e compositor da banda e ficar mais tempo com a família.
Entram então o tecladista Jim Cooper, que era técnico de John Lawry, e o guitarrista David Lichens. A banda grava e lança em 1995 o álbum No Doubt. Apesar do relativo sucesso do álbum, os dois novos membros iriam sair mais tarde devido a conflitos pessoais com John Schlitt, além do baixista Ronny Cates, devido a problemas familiares. Entra então na banda o baixista Lonnie Chapin, e a banda grava Petra Praise 2: We Need Jesus, lançado em 1997. Este trabalho foi muito bem recebido, apesar das crises na banda.
O guitarrista e tecladista Kevin Brandow e o guitarrista Pete Orta entram na banda, dando um som totalmente novo ao álbum God Fixation, em 1998. O estilo deste álbum tende ao Pop rock contemporâneo. Em 2000 o Petra lança Double Take, um álbum com os maiores sucessos da banda em versão acústica. Apesar do descontentamento dos fãs mais antigos com as novas versões dos clássicos, o álbum levou a banda a ganhar seu último Grammy, de melhor álbum de Gospel rock do ano.
Kevin Brandow abandonou a banda antes da gravação desse álbum, sendo substituído por Trent Thomason. Mas todos estes jovens membros acabaram por deixar a banda após a turnê, e para piorar a gravadora rompeu com o Petra, colocando a banda quase que num fim forçado.
Foi então que Bob Hartman decidiu entrar novamente na banda, tentando reerguê-la. Com uma nova gravadora, o Petra lança em 2001 Revival, um outro álbum de hinos de louvor. Este álbum ganhou alguma atenção para a banda, que saiu para uma turnê com os novos membros Bryce Bell (teclados), Quinton Gibson (guitarra) e Greg Bailey (baixo). A turnê obteve um bom sucesso, e a banda parecia estar renascendo das cinzas, mas mais problemas ainda viriam. Quinton Gibson e Bryce Bell deixaram a banda, e um problema interno que gerou muita polêmica entre os fãs: o baterista Louie Weaver foi mandado embora, depois de 22 anos na banda.
A banda tentou dissipar os rumores e com o baterista Paul Simmons e Bob Hartman reassumindo as guitarras, gravou Jekyll and Hyde, o álbum mais pesado já gravado pelo grupo, lançado em 2003. O trabalho recebeu boas críticas, mas gerou pouco interesse na banda.
Então Bob Hartman, não suportando mais os recentes altos e baixos e a pouca atenção que o grupo tinha nos Estados Unidos, decide encerrar a banda no fim de 2005. Em 4 de outubro desse ano, a banda grava um show em Franklin, Tennessee, junto com os antigos integrantes John Lawry e Greg Volz, e lança como seu segundo e último álbum ao vivo: Petra Farewell (farewell significa "adeus" em inglês), que também foi lançado em DVD. Sim, era o fim do Petra. A banda veio aqui em Minas, para o show de despedida e rolou várias caravanas em direção à cidade onde fizeram a apresentação. Os tiozinhos foram uma simpatia só.
Deram entrevista para a imprensa local, visitaram emissoras de rádio e a Rede Super fez um especial em uma merecida homenagem à banda.
O vocalista John Schlitt continua seguindo seu trabalho solo após o fim da banda, e o ex-baterista Louie Weaver se juntou a outros veteranos do Rock cristão e formou a banda Viktor.
Por tudo isso, eu peço mais uma vez: reverência, por favor!!!