Em todo o Brasil, aumenta o número de crianças vítimas de violência sexual ou envolvidas em casos de exploração sexual por adultos. Na maioria dos casos, o agressor está dentro de casa (nas figuras do primo, do tio, do padastro e, muitas vezes, do irmão e até do próprio pai) e/ou de pessoas próximas à família (vizinhos e amigos) e que gozam da confiança dos envolvidos (padres, pastores, médicos e outros). Em outras ocorrências, o pedófilo encontra suas vítimas na rede mundial de computadores, em sites de relacionamentos. São casos que nos chocam e nos causam repulsa de tão hediondos que são. Crianças na mais tenra idade, adolescentes e até bebês de zero ano, são o principal alvo dos pedófilos. Mas ontem, 18, esses criminosos levaram um duro golpe.
Na maior operação já ocorrida no Brasil contra a pornografia infantil na Internet, a Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira, 18, dez pessoas em flagrante, cinco delas em São Paulo, que usavam sites de relacionamentos para troca do material pornográfico. Desencadeada em 20 estados e no Distrito Federal, para combater o crime de pornografia infantil na internet, a operação Turko (anagrama de Orkut) mobilizou 400 policiais no cumprimento de 92 mandados de busca e apreensão. As outras prisões foram no Rio Grande do Sul (2), Espírito Santo (1), Penambuco (1) e Paraíba (1). Embora não esteja entre os principais produtores de pornografia infantil, o Brasil já é o maior consumidor mundial desse tipo de material, segundo informou o delegado Carlos Eduardo Sobral, da Divisão de Repressão a Crimes Cibernéticos, encarregado da operação. As vítimas são crianças, de recém-nascidos a menores de 13 anos de idade, usadas em cenas de sexo para usufruto de pedófilos. Os criminosos estão entre todas as classes sociais e regiões do País.
Nos últimos anos, conforme a PF, essa é uma das modalidades de crime que mais crescem no Brasil. As investigações prosseguem e novas prisões podem ser efetuadas, avisou o delegado. Coordenada pela Divisão de Direitos Humanos e pela Unidade de Repressão a Crimes Cibernéticos da PF, a investigação é resultado de informações repassadas pela CPI da Pedofilia, do Senado, em parceria com a ONG Safernet e o Ministério Público Federal de São Paulo. Durante um ano, a polícia monitorou 3.265 perfis do Orkut suspeitos de divulgação de pornografia infantil, amparada na quebra do sigilo telemático determinada pela justiça. Em 805 casos, foi confirmada a posse ou circulação de material criminoso, resultando em inquéritos contra 107 endereços usados por supostos internautas pedófilos.
Por conta dessas investigações, a Justiça determinou 92 mandados de busca e apreensão em endereços localizados nas 21 unidades da federação, a maior parte em São Paulo. O material apreendido inclui computadores, CDs e DVDs com conteúdo pornográfico infantil. A operação mobilizou mais de 400 policiais. O presidente da CPI, senador Magno Malta (PR-ES), disse que a operação de ontem foi possível graças à nova lei de combate à pedofilia na internet, que introduziu mudanças no Estatuto da Criança e do Adolescente. Sancionada em novembro passado, a nova lei, de número 11.829, criminaliza a posse de material pornográfico infantil, aumenta a pena para quem o produz e permite a prisão em flagrante de usuários.
Agora, as penas vão de três a seis anos de reclusão para quem produz e de um a quatro anos para quem guarda esse tipo de material no computador, na caixa de e-mail, em vídeo ou qualquer meio digital. Antes da lei, poucos eram presos - e logo soltos - por falta de base legal para mantê-los na cadeia.
A maioria dos alvos das buscas de ontem são residências. Mas entre os investigados haveria um número expressivo de empresas, repartições públicas e entidades diversas, inclusive consultórios de médicos e advogados. "A pedofilia está em todas as classes e em todas as idades", disse o delegado. "É um crime gravíssimo, que merece toda a nossa atenção no seu combate, repressão e prevenção", acrescentou. Os nomes dos presos não foram revelados porque a investigação corre em segredo de justiça. Com auxílio da ONG Safernet, a CPI e a PF estão montando um fichário nacional da pedofilia na internet para subsidiar futuras operações contra esse tipo de crime. Até agora, 22 mil alvos estão catalogados num cadastro de denuncias feito pela ONG. "Novas operações virão", avisou o delegado Sobral.
O maior problema para aprofundar o combate à pedofilia, segundo o procurador da república Sérgio Saiuama, é com as companhias telefônicas, que não assinaram o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado no final do ano passado com os provedores de internet. As operadoras alegam que não podem arcar com os custos elevados para adotar as soluções técnicas que permitam identificar linhas usadas nas atividades dos pedófilos. Com 30 milhões de usuários no Brasil, segundo a PF, o Orkut é o maior site usado por pedófilos no País e concentra 90% das denúncias investigados pela CPI e a PF. Administradora do Orkut, a empresa Google, o maior provedora de buscas da Internet, tem colaborado com as investigações fornecendo às autoridades com rapidez os endereços que exploram pornografia infantil. Só em São Paulo estão sendo investigados 2.698 endereços suspeitos.
Para a justiça a pedofilia é considerada crime; para a classe médica a pedofilia é considerada uma doença psíquica; para os crentes (considere-se as excessões) a pedofilia é consequência de atuação demoníaca.
Repercutamos o assunto:
Qual sua opinião sobre as “causas” da pedofilia: crime, doença ou demônios?
Qual deve ser o envolvimento da Igreja no assunto?
Como a Igreja deve agir quando descobrir um pedófilo em suas fileiras?
Qual deve ser a postura da Igreja ao receber alguém que já teve envolvimento com a prática da pedofilia?
Como a pedofilia deve ser combatida?
[Fontes: EM, JBOL e CBN]
Na maior operação já ocorrida no Brasil contra a pornografia infantil na Internet, a Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira, 18, dez pessoas em flagrante, cinco delas em São Paulo, que usavam sites de relacionamentos para troca do material pornográfico. Desencadeada em 20 estados e no Distrito Federal, para combater o crime de pornografia infantil na internet, a operação Turko (anagrama de Orkut) mobilizou 400 policiais no cumprimento de 92 mandados de busca e apreensão. As outras prisões foram no Rio Grande do Sul (2), Espírito Santo (1), Penambuco (1) e Paraíba (1). Embora não esteja entre os principais produtores de pornografia infantil, o Brasil já é o maior consumidor mundial desse tipo de material, segundo informou o delegado Carlos Eduardo Sobral, da Divisão de Repressão a Crimes Cibernéticos, encarregado da operação. As vítimas são crianças, de recém-nascidos a menores de 13 anos de idade, usadas em cenas de sexo para usufruto de pedófilos. Os criminosos estão entre todas as classes sociais e regiões do País.
Nos últimos anos, conforme a PF, essa é uma das modalidades de crime que mais crescem no Brasil. As investigações prosseguem e novas prisões podem ser efetuadas, avisou o delegado. Coordenada pela Divisão de Direitos Humanos e pela Unidade de Repressão a Crimes Cibernéticos da PF, a investigação é resultado de informações repassadas pela CPI da Pedofilia, do Senado, em parceria com a ONG Safernet e o Ministério Público Federal de São Paulo. Durante um ano, a polícia monitorou 3.265 perfis do Orkut suspeitos de divulgação de pornografia infantil, amparada na quebra do sigilo telemático determinada pela justiça. Em 805 casos, foi confirmada a posse ou circulação de material criminoso, resultando em inquéritos contra 107 endereços usados por supostos internautas pedófilos.
Por conta dessas investigações, a Justiça determinou 92 mandados de busca e apreensão em endereços localizados nas 21 unidades da federação, a maior parte em São Paulo. O material apreendido inclui computadores, CDs e DVDs com conteúdo pornográfico infantil. A operação mobilizou mais de 400 policiais. O presidente da CPI, senador Magno Malta (PR-ES), disse que a operação de ontem foi possível graças à nova lei de combate à pedofilia na internet, que introduziu mudanças no Estatuto da Criança e do Adolescente. Sancionada em novembro passado, a nova lei, de número 11.829, criminaliza a posse de material pornográfico infantil, aumenta a pena para quem o produz e permite a prisão em flagrante de usuários.
Agora, as penas vão de três a seis anos de reclusão para quem produz e de um a quatro anos para quem guarda esse tipo de material no computador, na caixa de e-mail, em vídeo ou qualquer meio digital. Antes da lei, poucos eram presos - e logo soltos - por falta de base legal para mantê-los na cadeia.
disse Malta."Agora temos um instrumento forte para combater essa praga que infesta a rede de computadores e proteger as crianças brasileiras",
A maioria dos alvos das buscas de ontem são residências. Mas entre os investigados haveria um número expressivo de empresas, repartições públicas e entidades diversas, inclusive consultórios de médicos e advogados. "A pedofilia está em todas as classes e em todas as idades", disse o delegado. "É um crime gravíssimo, que merece toda a nossa atenção no seu combate, repressão e prevenção", acrescentou. Os nomes dos presos não foram revelados porque a investigação corre em segredo de justiça. Com auxílio da ONG Safernet, a CPI e a PF estão montando um fichário nacional da pedofilia na internet para subsidiar futuras operações contra esse tipo de crime. Até agora, 22 mil alvos estão catalogados num cadastro de denuncias feito pela ONG. "Novas operações virão", avisou o delegado Sobral.
O maior problema para aprofundar o combate à pedofilia, segundo o procurador da república Sérgio Saiuama, é com as companhias telefônicas, que não assinaram o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado no final do ano passado com os provedores de internet. As operadoras alegam que não podem arcar com os custos elevados para adotar as soluções técnicas que permitam identificar linhas usadas nas atividades dos pedófilos. Com 30 milhões de usuários no Brasil, segundo a PF, o Orkut é o maior site usado por pedófilos no País e concentra 90% das denúncias investigados pela CPI e a PF. Administradora do Orkut, a empresa Google, o maior provedora de buscas da Internet, tem colaborado com as investigações fornecendo às autoridades com rapidez os endereços que exploram pornografia infantil. Só em São Paulo estão sendo investigados 2.698 endereços suspeitos.
Para a justiça a pedofilia é considerada crime; para a classe médica a pedofilia é considerada uma doença psíquica; para os crentes (considere-se as excessões) a pedofilia é consequência de atuação demoníaca.
Repercutamos o assunto:
Qual sua opinião sobre as “causas” da pedofilia: crime, doença ou demônios?
Qual deve ser o envolvimento da Igreja no assunto?
Como a Igreja deve agir quando descobrir um pedófilo em suas fileiras?
Qual deve ser a postura da Igreja ao receber alguém que já teve envolvimento com a prática da pedofilia?
Como a pedofilia deve ser combatida?
[Fontes: EM, JBOL e CBN]