Vamos falar sobre o forro gospel? Mas antes, vamos façamos um pequeno resumo sobre a história desse ritmo tão contagiante e que a cada dia alcança pessoas das mais diversas idades e camadas sociais.
Para começo de conversa, não passa de lenda, sem nenhuma sustança, a idéia de que o termo forró vem da expressão “for all” (o mania desgraçada essa que os brasileiros têm de ficar tentando americanizar tudo). Segundo esta versão, os ingleses que vieram ao Nordeste construir ferrovias, quando faziam bailes, colocavam na porta de entrada uma tabuleta na qual escreviam “for all”, ou seja “para todos”. Forró seria, pois, corruptela da expressão britânica. Muitos estudiosos, entre os quais o potiguar Luis da Câmara Cascudo, afirmavam que isto não tem o sentido (não exatamente com estas palavras). Primeiro porque os esnobes ingleses nunca foram de se misturar com a cabroeira que trabalhava para eles. Depois, esta cabroeira não sabia ler nem em português, quanto mais em inglês!
Forró vem, não se tem dúvidas, de forrobodó, palavra originária, segundo José Ramos Tinhorão, de Portugal. Significava, tanto no Sudeste, quanto no Nordeste do Brasil, os sambas promovidos pelo populacho. Em 1911, Chiquinha Gonzaga, musicou uma opereta intitulada Forrobodó, de Luiz Peixoto e Carlos Bittencourt. A dupla Xerém e Tapuia, em 1937, gravou a primeira música com o termo no título: Forró na roça, de Xerém e Manoel Queiroz, mas era um choro, não o forró formatado alguns anos mais tarde por Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. Quando Luiz Gonzaga deixou, em 1930, a casa dos pais, no Araripe, povoado de Exu (PE), forró já pertencia ao seu vocabulário, designando os bailes de finais de semana, movidos a oito baixos, zabumba, melê, às vezes triângulo, pífano, cuja trilha eram xotes, arrasta-pés, quadrilhas, rancheiras, marchinha-de-roda.
Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, numa tarde de outono, de 1946, no Centro do Rio de Janeiro (na avenida Calógeras, onde o cearense mantinha um escritório de advocacia) arquitetaram o baião, em 1946. A partir da gravação desta composição seminal pelos 4 Ases e 1 Curinga, baião se tornaria por dez anos mania nacional. Mas ainda não era forró. Assim como o frevo até final dos anos 20 significava a folia, não a música que a animava, o forró continuou, até meados dos anos 50, sendo também chamado de samba, o frege, não os estilos musicais que Gonzaga ia incorporando ao seu repertório: xenhenhem, xaxado, rojão, coco, embolada, samba de latada, torrado, xamego, xerém, balaio, balanceio (criação do cearense Lauro Maia, cunhado de Humberto Teixeira). Não apenas incorporando, mas disseminando a música pelo Nordeste, onde virou ídolo, e influenciou dezenas de músicos a seguirem seus passos.
Um destes seguidores de Gonzagão chamava-se Zito Borborema, um paraibano que, em 1955, começou a fazer apresentações como Zito Borborema e seus Cabras da Peste. Em 1958, Zito Borborema seria mais um dos protegidos de Luiz Gonzaga, que o incentivou a formar com Dominguinhos e Miudinho o Trio Nordestino, que teve pouco tempo de vida com estes integrantes (no mesmo ano, os baianos Coroné, Cobrinha e Lindú pediriam autorização à dona Helena Gonzaga, para usar o nome do trio). Antes, em 1956, Zito Borborema entraria para a história da música nordestina ao gravar o primeiro disco (um 78rpm) que trazia no selo o nome forró como gênero na música Forró no Alecrim. Por esta época forró já deixara de significar a festa para ser o coletivo que abrigava os vários estilos musicais espalhados pelo Nordeste, que tanto podia ser instrumental, quanto cantado, tendo como característica principal o tripé: sanfona, zabumba e triângulo, consagrado por Luiz Gonzaga - o eterno rei do forro (do baião e do xaxado).
Mais recentemente surgiu o chamado forro universitário. Não, o forro não foi para universidade. Forró universitário é um gênero musical surgido no estado brasileiro do São Paulo, sendo uma herança trazida do Nordeste, principalmente do estado do Ceará e da cidade de Itaúnas no Espírito Santo, revivendo o pé de Serra de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro.
O forró universitário é mais rápido que o xote e tem dois passos bases que são muito parecidos com passos de valsa.É dançado a dois com os corpos bem colados. Trata-se de uma reorganização do universo simbólico do forró mediante a intensificação da participação de grupos sociais das camadas médias. Surgiu junto ao público da Universidade de São Paulo, que frequentava casas de forró, como o Projeto Equilíbrio, desde 1995. Há quem diga que o forró universitário nada mais é que um forró de qualidade (xote e baião)embasado na harmonia de um violão (assim como é a formação do grupo falamansa). A razão de ser mais difundido é a facilidade do aprendizado e a flexibilidade da dança possibilitando a adaptação de passos de ritmos.
O sucesso deste estilo musical foi promovido não só por um forte investimento publicitário, mas também por uma assimilação e indiferenciação entre os jovens da banda e os jovens das camadas médias. Esse auge do estilo se deu em 2001 com o advento do grupo Falamansa. Um dos grupos responsáveis pela expansão e divulgação desse ritmo a nível nacional é o falamansa, uma das primeiras bandas a obter visibilidade nesse cenário. Atualmente o ritmo já apresenta-se largamente difundido não só pelo Nordeste como também por todo o Brasil. Outros grupos também merecem destaque no que concerne à popularização do estilo musical.
Esta é a história do forro, um ritmo que criticado e desprezado por muitos mas que, a despeito disso, tem crescido a cada dia e chegou ao arraial dos santos. DEUS é forrozeiro! Diriam os crentes amantes do ritmo. Me digam com sinceridade, o que é que cantores(as) como: Cassiane, Andrea Fontes, Lauriette e toda a Família Nascimento são senão forrozeiros da gema? Para espiritualizar (especialidade dos crentes), colocaram na música que essa gente faz uma tarja de "pentecostal", mas na verdade são forrozeiros sim senhor! E o que dizer dos chamados "corinhos de fogo" (famosos e comunus no meio pentecostal)? Forro pé serra é o que são!
Ultimamente vem surgindo mais e mais cantores e bandas assumidamente forrozeiros (sem necessariamente levar a tarja de "pentecostais") na música evangélica. Nesse filão, destaco Fernandes Lima - o forrozeiro de JESUS (e pastor da Igreja Internacional da Graça de DEUS), a Banda Kaynon e Adriana Lopes (essa faz forro universitario) dentre outros nomes que tem surgindo no cenário da música e colocado fogo nos pés dos crentes no ritmo do forró. E você, curte o forro (e não necessariamente o) gospel?
[Fonte: Wikipédia]
Para começo de conversa, não passa de lenda, sem nenhuma sustança, a idéia de que o termo forró vem da expressão “for all” (o mania desgraçada essa que os brasileiros têm de ficar tentando americanizar tudo). Segundo esta versão, os ingleses que vieram ao Nordeste construir ferrovias, quando faziam bailes, colocavam na porta de entrada uma tabuleta na qual escreviam “for all”, ou seja “para todos”. Forró seria, pois, corruptela da expressão britânica. Muitos estudiosos, entre os quais o potiguar Luis da Câmara Cascudo, afirmavam que isto não tem o sentido (não exatamente com estas palavras). Primeiro porque os esnobes ingleses nunca foram de se misturar com a cabroeira que trabalhava para eles. Depois, esta cabroeira não sabia ler nem em português, quanto mais em inglês!
Forró vem, não se tem dúvidas, de forrobodó, palavra originária, segundo José Ramos Tinhorão, de Portugal. Significava, tanto no Sudeste, quanto no Nordeste do Brasil, os sambas promovidos pelo populacho. Em 1911, Chiquinha Gonzaga, musicou uma opereta intitulada Forrobodó, de Luiz Peixoto e Carlos Bittencourt. A dupla Xerém e Tapuia, em 1937, gravou a primeira música com o termo no título: Forró na roça, de Xerém e Manoel Queiroz, mas era um choro, não o forró formatado alguns anos mais tarde por Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. Quando Luiz Gonzaga deixou, em 1930, a casa dos pais, no Araripe, povoado de Exu (PE), forró já pertencia ao seu vocabulário, designando os bailes de finais de semana, movidos a oito baixos, zabumba, melê, às vezes triângulo, pífano, cuja trilha eram xotes, arrasta-pés, quadrilhas, rancheiras, marchinha-de-roda.
Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, numa tarde de outono, de 1946, no Centro do Rio de Janeiro (na avenida Calógeras, onde o cearense mantinha um escritório de advocacia) arquitetaram o baião, em 1946. A partir da gravação desta composição seminal pelos 4 Ases e 1 Curinga, baião se tornaria por dez anos mania nacional. Mas ainda não era forró. Assim como o frevo até final dos anos 20 significava a folia, não a música que a animava, o forró continuou, até meados dos anos 50, sendo também chamado de samba, o frege, não os estilos musicais que Gonzaga ia incorporando ao seu repertório: xenhenhem, xaxado, rojão, coco, embolada, samba de latada, torrado, xamego, xerém, balaio, balanceio (criação do cearense Lauro Maia, cunhado de Humberto Teixeira). Não apenas incorporando, mas disseminando a música pelo Nordeste, onde virou ídolo, e influenciou dezenas de músicos a seguirem seus passos.
Um destes seguidores de Gonzagão chamava-se Zito Borborema, um paraibano que, em 1955, começou a fazer apresentações como Zito Borborema e seus Cabras da Peste. Em 1958, Zito Borborema seria mais um dos protegidos de Luiz Gonzaga, que o incentivou a formar com Dominguinhos e Miudinho o Trio Nordestino, que teve pouco tempo de vida com estes integrantes (no mesmo ano, os baianos Coroné, Cobrinha e Lindú pediriam autorização à dona Helena Gonzaga, para usar o nome do trio). Antes, em 1956, Zito Borborema entraria para a história da música nordestina ao gravar o primeiro disco (um 78rpm) que trazia no selo o nome forró como gênero na música Forró no Alecrim. Por esta época forró já deixara de significar a festa para ser o coletivo que abrigava os vários estilos musicais espalhados pelo Nordeste, que tanto podia ser instrumental, quanto cantado, tendo como característica principal o tripé: sanfona, zabumba e triângulo, consagrado por Luiz Gonzaga - o eterno rei do forro (do baião e do xaxado).
Mais recentemente surgiu o chamado forro universitário. Não, o forro não foi para universidade. Forró universitário é um gênero musical surgido no estado brasileiro do São Paulo, sendo uma herança trazida do Nordeste, principalmente do estado do Ceará e da cidade de Itaúnas no Espírito Santo, revivendo o pé de Serra de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro.
O forró universitário é mais rápido que o xote e tem dois passos bases que são muito parecidos com passos de valsa.É dançado a dois com os corpos bem colados. Trata-se de uma reorganização do universo simbólico do forró mediante a intensificação da participação de grupos sociais das camadas médias. Surgiu junto ao público da Universidade de São Paulo, que frequentava casas de forró, como o Projeto Equilíbrio, desde 1995. Há quem diga que o forró universitário nada mais é que um forró de qualidade (xote e baião)embasado na harmonia de um violão (assim como é a formação do grupo falamansa). A razão de ser mais difundido é a facilidade do aprendizado e a flexibilidade da dança possibilitando a adaptação de passos de ritmos.
O sucesso deste estilo musical foi promovido não só por um forte investimento publicitário, mas também por uma assimilação e indiferenciação entre os jovens da banda e os jovens das camadas médias. Esse auge do estilo se deu em 2001 com o advento do grupo Falamansa. Um dos grupos responsáveis pela expansão e divulgação desse ritmo a nível nacional é o falamansa, uma das primeiras bandas a obter visibilidade nesse cenário. Atualmente o ritmo já apresenta-se largamente difundido não só pelo Nordeste como também por todo o Brasil. Outros grupos também merecem destaque no que concerne à popularização do estilo musical.
Esta é a história do forro, um ritmo que criticado e desprezado por muitos mas que, a despeito disso, tem crescido a cada dia e chegou ao arraial dos santos. DEUS é forrozeiro! Diriam os crentes amantes do ritmo. Me digam com sinceridade, o que é que cantores(as) como: Cassiane, Andrea Fontes, Lauriette e toda a Família Nascimento são senão forrozeiros da gema? Para espiritualizar (especialidade dos crentes), colocaram na música que essa gente faz uma tarja de "pentecostal", mas na verdade são forrozeiros sim senhor! E o que dizer dos chamados "corinhos de fogo" (famosos e comunus no meio pentecostal)? Forro pé serra é o que são!
Ultimamente vem surgindo mais e mais cantores e bandas assumidamente forrozeiros (sem necessariamente levar a tarja de "pentecostais") na música evangélica. Nesse filão, destaco Fernandes Lima - o forrozeiro de JESUS (e pastor da Igreja Internacional da Graça de DEUS), a Banda Kaynon e Adriana Lopes (essa faz forro universitario) dentre outros nomes que tem surgindo no cenário da música e colocado fogo nos pés dos crentes no ritmo do forró. E você, curte o forro (e não necessariamente o) gospel?
[Fonte: Wikipédia]