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Não quero mais ser evangélico!

4 participantes

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1Não quero mais ser evangélico! Empty Não quero mais ser evangélico! Sex Jan 09, 2009 11:05 am

Gui

Gui
Isso aqui está viciando!
Isso aqui está viciando!

“Irmãos, uni-vos! Pastores evangélicos criam sindicato e cobram direitos trabalhistas das Igrejas”. Esse, o título da matéria, chocante, publicada pela revista Veja de 9 de junho de 1999 anunciando formação do “Sindicato dos Pastores Evangélicos no Brasil”.

Foi a gota d’água! Ao ler a matéria acima finalmente me dei conta de que o termo “evangélico” perdeu, por completo, seu conteúdo original. Ser evangélico, pelo menos no Brasil, não significa mais ser praticante e pregador do Evangelho (Boas Novas) de Jesus Cristo, mas, a condição de membro de um segmento do Cristianismo, com cada vez menor relacionamento histórico com a Reforma Protestante - o segmento mais complicado, controverso, dividido e contraditório do Cristianismo. O significado de ser pastor evangélico, então, é melhor nem falar, para não incorrer no risco de ser grosseiro.

Não quero mais ser evangélico! Quero voltar para Jesus Cristo, para a boa notícia que Ele é e ensinou. Voltemos a ser adoradores do Pai porque, segundo Jesus, são estes os que o Pai procura e, não, por mão de obra especializada ou por “profissionais da fé”. Voltemos à consciência de que o Caminho, a Verdade e a Vida é uma Pessoa e não um corpo de doutrinas e/ou tradições, nascidas da tentativa de dissecarmos Deus; de que, estar no caminho, conhecer a verdade e desfrutar a vida é relacionar-se intensamente com essa Pessoa: Jesus de Nazaré, o Cristo, o Filho do Deus vivo. Quero os dogmas que nascem desse encontro: uma leitura bíblica que nos faça ver Jesus Cristo e não uma leitura bibliólatra. Não quero a espiritualidade que se sustenta em prodígios, no mínimo discutíveis, e sim, a que se manifesta no caráter.

Chega dessa “diabose”! Voltemos à graça, à centralidade da cruz, onde tudo foi consumado. Voltemos à consciência de que fomos achados por Ele, que começou em cada filho Seu algo que vai completar: voltemos às orações e jejuns, não como fruto de obrigação ou moeda de troca, mas, como namoro apaixonado com o Ser amado da alma resgatada.

Voltemos ao amor, à convicção de que ser cristão é amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos: voltemos aos irmãos, não como membros de um sindicato, de um clube, ou de uma sociedade anônima, mas, como membros do corpo de Cristo. Quero relacionar-me com eles como as crianças relacionam-se com os que as alimentam - em profundo amor e senso de dependência: quero voltar a ser guardião de meu irmão e não seu juiz. Voltemos ao amor que agasalha no frio, assiste na dor, dessedenta na sede, alimenta na fome, que reparte, que não usa o pronome “meu”, mas, o pronome “nosso”.

Para que os títulos: “pastor”, “reverendo”, “bispo”, “apóstolo”, o que eles significam, se todos são sacerdotes? Quero voltar a ser leigo! Para que o clericalismo? Voltemos, ao sermos servos uns dos outros aos dons do corpo que correm soltos e dão o tom litúrgico da reunião dos santos; ao, “onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu lá estarei” de Mateus 18.20. Que o culto seja do povo e não dos dirigentes - chega de show! Voltemos aos presbíteros e diáconos, não como títulos, mas, como função: os que, sob unção da igreja local, cuidam da ministração da Palavra, da vida de oração da comunidade e para que ninguém tenha necessidade, seja material, espiritual ou social. Chega de ministérios megalômanos onde o povo de Deus é mão de obra ou massa de manobra!

Para que os templos, o institucionalismo, o denominacionalismo? Voltemos às catacumbas, à igreja local. Por que o pulpitocentrismo? Voltemos ao “instruí-vos uns aos outros” (Cl 3. 16).

Por que a pressão pelo crescimento? Jesus Cristo não nos ordenou a sermos uma Igreja que cresce, mas, uma Igreja que aparece: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus. “(Mt 5.16). Vamos anunciar com nossa vida, serviço e palavras “todo o Evangelho ao homem… a todos os homens”. Deixemos o crescimento para o Espírito Santo que “acrescenta dia a dia os que haverão de ser salvos”, sem adulterar a mensagem.

Pr. Ariovaldo Ramos

2Não quero mais ser evangélico! Empty Re: Não quero mais ser evangélico! Sex Jan 09, 2009 12:40 pm

Valfrid

Valfrid
Admin
Admin

Nossa, se não tivesse lido a assinatura no final, já ia te perguntar se você não queria ser pastor Gui!!

Esse texto é muito claro e eu concordo plenamente com ele!!

https://newfgm.forumeiros.com

3Não quero mais ser evangélico! Empty Re: Não quero mais ser evangélico! Sex Jan 09, 2009 1:32 pm

vivicki

vivicki
Moderadores
Moderadores

O Pr. Ricardo Gondim tem um texto na mesma linha...
Bom, na verdade ele tem vááários textos assim...

Muito bom! ^^

4Não quero mais ser evangélico! Empty Re: Não quero mais ser evangélico! Sex Jan 09, 2009 3:30 pm

Gui

Gui
Isso aqui está viciando!
Isso aqui está viciando!

Valfrid escreveu:Nossa, se não tivesse lido a assinatura no final, já ia te perguntar se você não queria ser pastor Gui!!

Esse texto é muito claro e eu concordo plenamente com ele!!

hahahah... se Deus assim quiser =P

e eu tenho o privilégio de ter o Pr. Ariovaldo como professor!

5Não quero mais ser evangélico! Empty Re: Não quero mais ser evangélico! Seg Mar 16, 2009 11:41 am

Michele

Michele
Já sou frequente
Já sou frequente

Para que os títulos: “pastor”, “reverendo”, “bispo”, “apóstolo”, o que eles significam, se todos são sacerdotes?
falou bem, apenas TÍTULOS...


"Não quero mais ser evangélico! Quero voltar para Jesus Cristo..."

Também não uso a palavra "evangélico", acho que rotula uma pessoa religiosa, disposta pra doutrinas e cega pra própria Palavra.
Como é que pode, a própria palavra deriva do termo "evangelho" = boas-novas, e não deveria ser tão mal usada, exemplificada e interpretada como está sendo.

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