Sem grilo, DuckCharles.
Continuo sem saber como te "sacaneei", como vc disse, mas se vc não guarda mágoas, tudo bem. Nem eu posso te pedir perdão por algo que não tenho idéia do que seja. Então o assunto tá resolvido. Se um dia percisar de perdão, basta me explicar e terei o maior prazer em fazê-lo.
Espero que a banda tenha te mostrado alguma prova do que eles tenham dito que tenha te convencido, porque eles são bons de convencer as pessoas com um ar de vítima bem diferente do que eu via em outras situações. Não quero tentar de convencer do contrário de forma alguma, mas se eles não te mostraram nenhuma evidência, muito menos a mim, até hoje. Algo que realmente justificasse minha saída, pois diferenças individuais e musicais são comuns em toda banda. Toda a confusão começou com eles, com meus teclados sendo deletados, com a suspeita deles de que eu estava desfalcado dinheiro, com meu silêncio durante as viagens com a banda por não mais confiar neses apesar de querer continuar na banda e aguardar o tempo de Deus para curar as feridas, etc.
Não sei o que disseram a você, pois a mim apenas se reuniram e disseram que tinham perdido a confiança e que não dava mais para trabalharmos juntos e tal, algo bem polido (talvez porque eu tenha levado a minha esposa junto). Não houve oração, não houve uma postura cristã, e sim profissional, como já escava acontecendo não muito tempo depois de Sylas e Bene entrarem na banda e tentarem transformar o ministério em carreira lucrativa.
Me lembro como se fosse hoje, de eu pedir à banda depois de muito desgaste e um clima horrível nos ensaios e viagens, que a gente desse uma parada na agenda geral da banda e ficasse só em oração para que Deus limpasse a desconfiança geral entre eles e eu. Eu acho que Deus pode tudo, e isso nem era um milagre sobrenatural. A oração sincera e as reuniões entre nós só para isso teria dado jeito no quadro. Mas o pastor Sylas disse que a banda não podia parar de fazer eventos nem de ensaiar. A postura "profissional" dele sempre foi evidente. Deu para entendr muito claramente que o problema era pessoal. Não queriam meus teclados na banda. Eu estava obsoleto (sou mesmo! Na verdade nem sou músico profissional). Era prejuízo me manter na banda. Tanto essa intenção ficou clara que a estratégia de cortar os teclados em "O que na verdade somos" funcionou. Poucos teclados para tocar ao vivo... eu voltei para a guitarra enquanto o gravador digital levava os teclados programados do Bene. Já o Bene e o Sylas não me queriam tocando guitarra (também não sou guitarrista mesmo... nunca fui!). O que eu ia fazer no palco? Sapatear? até os bacjing vocals estavam no gravador, alguns violões, percussões, dobras de guitarra. Ao contrário do tempo do Flávio, o show do Fs se transformou em algo parcialmente teatral. Infelizmente eu concordei com isso. Foi mais um erro entre tantos. Deveria reagir e lutar pelo espaço que sempre tive no FS.
Isso eles te contaram? te mostraram qualquer prova? Porque eu joguei muita coisa da banda fora para me livrar dessas lembranças, mas coisas legais eu mantive. O e-mail coberto de palavrões que eu jamais poderia reproduzir aqui, me insultanto e depreciando, dizendo que "a banda me levou nas costas por anos", e "que outra banda teria um músico no palco só para fazer teatro? ", isso o Marco te mostrou? Porque se não, eu posso te mostrar, afinal eu tenho provas das coisas que falo, ao contrário deles que até hoje fogem de me explicar e corrigir esses procedimentos nada cristão, nada de homens de palavra que se dizem ser.
Depois as máscaras foram caindo e eu vi as verdadeiras intenções, tudo pelas costas, tudo por terceiros e por reavaliação dos documentos, e-mails que eu tinha, por conselhos de pastores, presbíteros, amigos e família. Depois de minha saída, tdo foi decidido sem qualquer outro diálogo apesar das minhas insistentes solicitações até por escrito, num âmbito já judicial ( coisa que desisti de prosseguir até de abrir um processo apenas pelo fato de que fui criado num ambiente cristão e aprendi que irmão não processa irmão. Por isso o Futo se livrou de um enorme processo por convicções espirituais minhas).
Surpreendentemente, pouco depois recebo um oficial de justiça na minha casa entregando a cópia de um processo do Marcão contra mim. Foi uma tentativa mal sucedida de cancelar a venda de um terreno que ele me vendeu há uns 10 anos atrás, já que eu dei o mole de nunca ter exigido a escritura da minha fração do terreno, que precisava passar por uma insstituição de condomínio que dependia da assinatura dele, da esposa e da cunhada. No processo, ele pedia para que a venda fosse cancelada por não querer mais me ter comovizinho e não ser a favor da instituição de condomínio (coisa que antes eles eram a favor, antes da confusão com o FS) e ele ficasse com o terreno como indenização de algo que até hoje não entendi. O processo foi um emaranhado de mentiras mal redigidas. Obviamente, o Mr Juiz me deu ganho de causa, obrigando-o a me devolver o valor do terreno corrigido. A justiça às vezes funciona.
Eu acho que se eu estivesse inventando tudo isso, eles deveriam me procurar nesses 5 anos de tentativa de contatos em vão, para me esclarecer, para que eu pudesse trabalhar o perdão, para pedir perdão, etc.
O argumento que foi muito usado pelo Marco por aí foi esse que você usou: 3 falavam uma coisa (ensaiadamente idêntica) e eu, outra. bem, sempre lutarei por minhas convicções. Ao contrário do Marco, por exemplo, não sou convenientemente "maria-vai-com-as-outras". Até um ponto ele estava comigo, dizendo "lute pelos seus direitos de ter os teclados no cd", "brigue por isso como eu fiz com minhas vozes múltiplas no cd "O que a gente faz..." e etc. ele me ensinou a ser taxativo, mas não deu certo comigo. O "produtor" Bene, o mesmo que elogiou os teclados qando gravei na casa dele, foi o que decidiu removê-los sem meu consentimento. bem, suponho que o Marco tenha feito uma conta rápida na cabeça.... o que é mais interessante para mim? Manter a amizade com o Bênlio que durou 15 anos bem intensos ou ficar com a maioria da banda, mais musicalmente atualizada? O que seria mais complicado explicar à gravadora? A daída de 1 ou a de 2? Suponho que ele tenha pensado assim, para não chegar à conclusões piores. Eu presenciei a forma como o Marco tratou alguns outros ex-integrantes pós-saída. Não seria diferente como foi comigo, isso eu já tinha sido avisado e não deu outra. Não havia mais nada em que eu pudesse ser útil... era hora de amassar e jogar na lixeira. eu me recusava a enxergar isso mas ele nunca quis me mostrar o contrário. Ao invés, ignorou todos os meus e-mails solicitando explicações.
Se ele não tem as páginas e páginas de e-mails censuráveis que me mandou quando estava em crise conjugal atribuindo à falta de presença da esposa dele em todos os eventos da banda naquele período, dizendo que ela era tão importante quanto qualquer outro músico ao ministério Fruto Sagrado (como ele chamava na época), eu posso mandar para ele reler e 5 anos depois tentar imaginar como ficaria a cabeça de uma pessoa que leu tudo o que ele escreveu, com todas as expressões sarcásticas e agressivas que lhe são peculiares. Já que não recebi mais e-mails dele após esses últimos, não sei se o que ele escreveu era o que pensava mesmo ou se era apenas o efeito colateral do tal "chumbinho" que ele tomava para emagrecer desde que entramos na MK e ele passou a se preocupar mais com a imagem. A ansiedade, a falta de concentração para compor, os dentes rangendo constantemente e um humor depressivo que o fazia falar mal de todos, a crise conjugal, isso tudo junto deve te-lo feito escrever coisas "pesadas" da qual deverá se envergonhar muito se reler nos arquivos dele. Mas nunca me procurou para limpar isso. Então o que vale é o que ele falou por último.
DuckCharles, você acha difícil 3 pessoas armarem o "despejo" de um músico supérfluo e dispendioso na banda? O que me diz dos irmãos de José do Egito? Pela sua teoria, os irmãos estavam certos, e José, errado.
Ou pior, Jesus estava errado quando escolheram Barrabás, já que a maioria gritou "crucifica-o" referindo-se a Jesus. Ou Paulo, quando açoitado em nome do Evangelho. Maioria nunca representou fielmente o certo e o errado. cometi erros sim, nenhum deles que justificasse sequer a hipótese de me tirarem. E todos os erros estavam relacionados ao período em que eles estavam armando minha saída, como no tempo em que me tiraram da administração e deixaram a banda administrativamente abandonada por 4 meses, causando um verdadeiro colapso nas finanças. errei em mentir para a gravadora ao preencher um gráfico de horas gastas em estúdio para gravar os teclados, o que foi mentira da qual participei, pois eu sabia que tinham sido gravados na casa do Bene, custo zero. Isso para contrabalancear a despesa extra que foi criada com as percussões insistentes e teimosas do Sylas no nordeste, com despesas de hotel, refeições, horas e horas de estúdio, cachês de percussionistas, vans para transportar os instrumentos, etc. Percussões nunca foram uma assinatura da banda até entrar o Sylas e sua postura de líder que causou muitos males durante as gravações. Curiosamente, todos os detalhes pedidos pelo Sylas, como a faixa inútil "ser tão sertão" e o acréscimo dos sobrinhos dele no coro infantil de "Uma noite de paz" depois que tudo já estava gravado. detalhes, muitos detalhes. Pena que só enxerguei isso depois, longe da banda. Senão teria enxergado que meu tempo alí já tinha passado. Mas mesmo com uma saída dolorosa, valeu à pena, e muito. Estar hoje desligado do nome deles é o maior benefício. Se eles respondessem minhas perguntas seria um bônus para minha alma, para que eu entendesse melhor meus erros e pedir desculpas, bem como para perdoar também. Mas sem contato deles, ao contrário, um desprezo nada cristão, fica difícil. Só o tempo mesmo para fazer esquecer, mesmo estando eu numa postura satisfatória longe deles.
Foi mal aí de novo o tamanho do post. Podem deletar de for conveniente. Já não falava nesse assunto faz tempo.... mas a memória ainda continua funcionando. Se alguém quer ajudar, peço que orem para que tudo se resolva.
Bênlio.