"A gente começou a compor esse CD sem pensar num assunto especifico. Porém, tudo foi caminhando para um lado onde nós acabávamos falando sobre essa questão de guerras, em geral, que vivemos"
"A faixa título fala sobre uma guerra que divide o povo de Deus. Tem uma balada que fala sobre a guerra interna, outra faixa que fala sobre esperança., sobre coisas boas, aproveitar a vida. Tem N assuntos, mas o X da questão é o ser humano. Não ficamos atacando políticos, nem doutrinas, mas damos um foco no ser humano em si, falando sobre todas as coisas."
"A gente já queria uma sonoridade mais pesada, porque tínhamos feito o Elektracustika como um CD de 10 anos depois do primeiro Acústico, então queríamos algo diferente e fizemos ele. Mas ok, passou. Agora era hora de dar continuidade ao que a gente quer que é o rock n roll, um som mais metal, mais rock. Fiquei maravilhado com a sonoridade, o peso, a produção, essa coisa de parecer até uma banda gringa, pela sonoridade, a qualidade"
"Se a gente tinha uma linguagem em 180 graus eles expandiram em 360, pra todos os lados que se possa imaginar em rock, peso, linguagem, ritmos."
"Não estávamos procurando um vocalista nem pensando nisso, o CD tava sendo todo composto pro Juninho cantar, em arranjos, na linha dele. De repetente pintou o Mauro que foi uma coisa interessante porque o Juninho comentou que o Izabê, ex professor de vocal dele falou que tinha um cara, que veio fazer um teste e reacendeu essa chama, essa idéia. Sabe? Nunca iríamos saber se não tentássemos. Ligamos pra ele no mesmo dia, ele veio pra São Paulo, e começamos a caminhar com ele, leva-lo para alguns shows, passar a ver como ele se saia no palco fazendo uma participação especial. Não que a voz do Juninho não tivesse boa. Mas chega uma altura de campeonato que você tem que assumir certos riscos."
"Um amigo nosso, Gabriel Loubarte, trouxe uma faixa com uma letra muito bonita, mas o estilo não tinha nada a ver com a gente. Se você ouvir a música você não vai acreditar que tinha uma linguagem MPB, e nós transformamos numa balada rock. E a gente foi fuçando nela, e ficou muito legal…que só ouvindo pra saber. Depois de pronta deu uma sensação de missão cumprida muito legal. E a música do Gabriel fala sobre uma guerra do dia a dia de você com você mesmo, tendo sempre que pedir forças a Deus pra continuar a nossa vida, e ele nem sabia da questão do CD que chamava Depois da Guerra, e caiu perfeitamente para o que a gente tava querendo. Tenho certeza que isso é o dedo de Deus, montando o quebra-cabeça."
"E anos depois a gente pensou, vamos pegar aquela música(People Get Ready)…e aí fomos criando a coragem. Ela é música cristã, mas ficou eternizada na voz do Rod Stewart, que não é cristão. Mas assumimos também esse risco, que fala da esperança do povo cristão de ir pra terra prometida “que as pessoas estejam prontas pro trem que vai pro Jordão”, e você só precisa ter fé e ir pra terra prometida. É uma letra completamente cristã. Ela é animal e resume a nossa fé."
"As linhas são bem pesadas, em regiões bem graves, então o cara que ouvir vai sentir as guitarras parecendo um urso te abraçando, porém, parte desse urso é o peso do contrabaixo, nas regiões que procurei tocar de uma forma que envolvesse a guitarra e desse mais peso pra ela."
"Na faixa título eu fiz uma linha bem encaminhada na introdução, que acho que vale a pena ressaltar. Meu irmão (Déio Tambasco) também compôs, tem a participação dele em “Meus Próprios Meios”, que é uma das mais pesadas do CD, tendo uma cavalgada de guitarra nervosa. Usei até palheta, tem um two-hands bem legal e um solo também. Ta bem trabalhado, talvez o mais da história da banda. Não consigo fazer coisas simples, você se acostuma a fazer coisas complicadas, ta no sangue…você acaba complicando, deixando mais complexa. E esse CD tem bastante coisa."
"Sinceramente, tenho a sensação de que será a melhor turnê do Oficina G3, na história. E não é a toa. Muita gente não entendeu a proposta do Elektracustika, que era uma fase, um momento, como se de 10 em 10 anos fossemos fazer algo diferente. E muita gente achou que tivéssemos mudado o estilo, e muita gente ficou até decepcionada."
"Acho que esse é o momento, de juntar todas essas expectativas, e creio que será um boom grande. De que será o melhor momento da banda. É um show muito intenso, pesado, que vai deixar todo mundo pular, bangear…e com muito evangelismo também, sem dúvida. O rock é veículo pra falar de Deus, sempre, seja mais pesado ou mais leve, isso tá muito presente no DNA da banda."
"Tenho a sensação de vai ser um divisor de águas na nossa vida. Sem contar o Mauro, eu acredito também que isso vai impulsionar muito. Estamos arriscando e acreditando bastante nisso. Estamos querendo, trabalhando e acreditando sempre no melhor, e as expectativas e sensações pra esse CD são as mais altas possíveis. Muita gente critica, mas não mexe uma palha pra falar de Deus pra ninguém. Estamos confiantes que tudo vai valer a pena."