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Presságio, o mais novo sucesso apocalíptico dos cinemas, atira para todos os lados e mistura profecias bíblicas, transes, aquecimento global e até seres de outros planetas. Do jeitinho que público gosta.
Durante uma aula em uma escola primária nos Estados Unidos, em 1959, os alunos são convidados a desenhar como imaginam o futuro e guardar seus trabalhos numa “cápsula do tempo”: um tubo lacrado e que só será reaberto 50 anos depois. Entretanto, uma das meninas, Lucinda (Lara Robinson), não parece muito interessada em desenhar robôs, foguetes e carros voadores. Em transe, ela começa a escrever certa sequência de números em uma folha de papel. Em 2009, o papel vai parar na mão do filho do astrofísico John Koestler (Nicolas Cage), que percebe não se tratar de algo aleatório ou loucura. Ele repara em um trecho que traz os números “91101”, ou 11 de setembro de 2001, dia do atentado contra o WTC. O grupo seguinte de numerais é ainda mais intrigante: “2996”, o exato número de vítimas do atentado às Torres Gêmeas naquele dia. Ao pesquisar os demais códigos, Koestler descobre desastres aéreos, atentados, terremotos e muitas outras tragédias. Tudo ocorrido no tempo em que o papel ficou enterrado, exceto pelos três últimos, prestes a ocorrer e que podem sinalizar o fim do mundo.
De bobo ou fantasioso demais, Presságio (Knowing, EUA, 2009) não tem nada. Com habilidade e vívidas cenas de catástrofes – detalhe no qual o cinema norte americano é mestre -, o suspense dirigido por Alex Proyas, de Eu, Robô, consegue prender o público desde o princípio apostando num assunto antigo, mas que nunca deixou de fascinar – e aterrorizar – a humanidade: o apocalipse. Ainda durante a paranóia da Guerra Fria, o mundo foi destruído por bombardeios nucleares em O dia Seguinte. Depois, em Impacto Profundo, foi a vez de corpos celestes ameaçarem se colidir com a Terra. Guerra dos Mundos preferiu falar de uma invasão alienígena. Um pouco mais atual, O Dia Depois de Amanhã, apontou as mudanças climáticas como responsáveis pela tragédia.
Porém, diferente de todos esses, Presságio é um dos poucos a trazer referências mais diretas sobre religião. Elas ficam claras no quadro pintado que mostra o retorno triunfal de CRISTO, na destruição do planeta pelo fogo, no onipresente debate sobre o que acontece após a morte, na importância da reconciliação antes do fim, em uma árvore que lembra muito a história da Árvore da Vida de Gênesis e Apocalipse e, claro, na revelação numérica. Até o título Knowing, que inglês é conhecimento, e que teve a infeliz (pra variar!) tradução de Presságio para o português.
Mas as semelhanças com o cristianismo bíblico acabam por aí. Que fique bem claro que a película não tem nenhum compromisso com esse tema. Talvez com o objetivo de ampliar sua temática e atrair o público não religioso, Presságio envereda em sua última meia hora por temas mais variados, que vão da destruição da natureza a uma ideia de sucessivos recomeços da humanidade, fortemente marcada por concepções esotéricas e orientais. Pior mesmo é perceber que até os supostos “anjos”, disfarçados de homens e encarregados de reunir os escolhidos que sobreviverão à tragédia, mais se parecem com seres extraterrestres.
Realmente, a obsessão hollywoodiana pelo apocalipse está mais que nunca na moda. O próximo lançamento nessa linha também deve empolgar pelas cenas de cataclismos: 2012. O filme – que já foi tema de debate aqui no NFGM – tem sua trama baseada na interpretação de que o calendário maia prediz o fim do mundo para daqui a três anos. O show de efeitos especiais e do medo pelo destino incerto parece ter vida longa. Diferente de DEUS, que continua ausente das telonas.
Durante uma aula em uma escola primária nos Estados Unidos, em 1959, os alunos são convidados a desenhar como imaginam o futuro e guardar seus trabalhos numa “cápsula do tempo”: um tubo lacrado e que só será reaberto 50 anos depois. Entretanto, uma das meninas, Lucinda (Lara Robinson), não parece muito interessada em desenhar robôs, foguetes e carros voadores. Em transe, ela começa a escrever certa sequência de números em uma folha de papel. Em 2009, o papel vai parar na mão do filho do astrofísico John Koestler (Nicolas Cage), que percebe não se tratar de algo aleatório ou loucura. Ele repara em um trecho que traz os números “91101”, ou 11 de setembro de 2001, dia do atentado contra o WTC. O grupo seguinte de numerais é ainda mais intrigante: “2996”, o exato número de vítimas do atentado às Torres Gêmeas naquele dia. Ao pesquisar os demais códigos, Koestler descobre desastres aéreos, atentados, terremotos e muitas outras tragédias. Tudo ocorrido no tempo em que o papel ficou enterrado, exceto pelos três últimos, prestes a ocorrer e que podem sinalizar o fim do mundo.
De bobo ou fantasioso demais, Presságio (Knowing, EUA, 2009) não tem nada. Com habilidade e vívidas cenas de catástrofes – detalhe no qual o cinema norte americano é mestre -, o suspense dirigido por Alex Proyas, de Eu, Robô, consegue prender o público desde o princípio apostando num assunto antigo, mas que nunca deixou de fascinar – e aterrorizar – a humanidade: o apocalipse. Ainda durante a paranóia da Guerra Fria, o mundo foi destruído por bombardeios nucleares em O dia Seguinte. Depois, em Impacto Profundo, foi a vez de corpos celestes ameaçarem se colidir com a Terra. Guerra dos Mundos preferiu falar de uma invasão alienígena. Um pouco mais atual, O Dia Depois de Amanhã, apontou as mudanças climáticas como responsáveis pela tragédia.
Porém, diferente de todos esses, Presságio é um dos poucos a trazer referências mais diretas sobre religião. Elas ficam claras no quadro pintado que mostra o retorno triunfal de CRISTO, na destruição do planeta pelo fogo, no onipresente debate sobre o que acontece após a morte, na importância da reconciliação antes do fim, em uma árvore que lembra muito a história da Árvore da Vida de Gênesis e Apocalipse e, claro, na revelação numérica. Até o título Knowing, que inglês é conhecimento, e que teve a infeliz (pra variar!) tradução de Presságio para o português.
Mas as semelhanças com o cristianismo bíblico acabam por aí. Que fique bem claro que a película não tem nenhum compromisso com esse tema. Talvez com o objetivo de ampliar sua temática e atrair o público não religioso, Presságio envereda em sua última meia hora por temas mais variados, que vão da destruição da natureza a uma ideia de sucessivos recomeços da humanidade, fortemente marcada por concepções esotéricas e orientais. Pior mesmo é perceber que até os supostos “anjos”, disfarçados de homens e encarregados de reunir os escolhidos que sobreviverão à tragédia, mais se parecem com seres extraterrestres.
Realmente, a obsessão hollywoodiana pelo apocalipse está mais que nunca na moda. O próximo lançamento nessa linha também deve empolgar pelas cenas de cataclismos: 2012. O filme – que já foi tema de debate aqui no NFGM – tem sua trama baseada na interpretação de que o calendário maia prediz o fim do mundo para daqui a três anos. O show de efeitos especiais e do medo pelo destino incerto parece ter vida longa. Diferente de DEUS, que continua ausente das telonas.
