Há 477 anos, no dia 23 de julho de 1532, foi assinado o acordo conhecido como Nürnberger Anstand (Paz de Nurembergue). Ele garantia liberdade de religião aos evangélicos que colaborassem na guerra contra os turcos. Mesmo com a Reforma Protestante, por Martinho Lutero (foto), em 1517, a igreja evangélica só foi reconhecida oficialmente, 15 anos depois.
Após a fixação das teses da Reforma Protestante, em 31 de outubro de 1517, por Martinho Lutero, ainda demorou muito para que a nova religião se impusesse na Alemanha e obtivesse o reconhecimento da Igreja Católica. Em 30 de maio de 1518, Lutero enviou suas teses ao papa Leão 10º, pois estava convicto de que o Sumo Pontífice iria apoiá-lo.
A 3 de janeiro de 1521, Lutero foi oficialmente excomungado da Igreja Católica (Édito de Worms). Numa época em que Estado e Igreja eram fortemente aliados, não tardou para que Lutero e seus seguidores tivessem também os direitos civis cassados, o que acabou acontecendo em 26 de maio de 1521.
Lutero exilou-se, secretamente, no Castelo de Wartburg, com o apoio de Frederico, o Sábio, príncipe-eleitor da Saxônia. No exílio, Lutero trabalhou no seu maior legado: em dois meses traduziu a Bíblia para o alemão. Em 1518, o reformador havia conhecido aquele que seria seu braço direito no processo da Reforma: o estudioso alemão Philipp Melanchthon.
Carlos 5º, rei da Espanha e imperador do Sacro Império Romano da Nação Germânica a partir de 1530, ordenou aos teólogos católicos a elaboração de uma refutação da confissão dos evangélicos. Esta refutação foi apresentada à Dieta de Augsburg no dia 3 de agosto. Ela exigia apenas a submissão dos evangélicos à autoridade da Igreja Romana. Mais do que nunca, tornou-se evidente que as diferenças entre as duas igrejas eram profundas e inconciliáveis.
Ainda em Augsburg, Melanchthon redigiu uma apologia à Confissão. Carlos 5º não a aceitou, por achar que os protestantes deveriam capitular. A Dieta lhes concedeu o prazo até 15 de abril de 1531 para voltarem ao seio da igreja romana e exigiu rigoroso cumprimento do Édito de Worms.
Embora desaconselhada por Lutero, foi constituída em fevereiro de 1531 uma poderosa agremiação política dos príncipes luteranos, denominada Liga de Esmalcalde (em referência à cidade na Turíngia, leste alemão). Porém, em vista do perigo representado pelo Exército turco às portas do império, em Viena, o imperador dependia da ajuda militar dos príncipes protestantes.
A liberdade religiosa aos protestantes foi tolerada com a assinatura da Paz de Nurembergue, em 23 de julho de 1532. Essa tolerância seria dada até a realização de um concílio da Igreja. O papa Paulo 3º, no entanto, empenhou-se com todos os meios para evitar que este concílio se realizasse em território germânico. O Concílio de Mântua, convocado por Paulo 3º, em 1537, para “exterminar a peste luterana”, como ele próprio se expressou, acabou não acontecendo.
Como os nobres protestantes estivessem convictos de que o encontro não seria livre, negaram-se a participar do Concílio de Trento (1545 - 1563), que desencadeou a contra-reforma, no pontificado de Paulo 3º.
Somente a Paz de Augsburg, em 1555, atendeu, de certa forma, aos anseios dos protestantes, pois incluiu a tolerância religiosa nos seguintes termos: os príncipes e cidadãos do império respeitariam a filiação religiosa de cada um e o povo teria a opção de adotar a confissão religiosa do respectivo domínio ou de emigrar a território que tivesse a confissão desejada.
[Fonte: DW World]
Após a fixação das teses da Reforma Protestante, em 31 de outubro de 1517, por Martinho Lutero, ainda demorou muito para que a nova religião se impusesse na Alemanha e obtivesse o reconhecimento da Igreja Católica. Em 30 de maio de 1518, Lutero enviou suas teses ao papa Leão 10º, pois estava convicto de que o Sumo Pontífice iria apoiá-lo.
A 3 de janeiro de 1521, Lutero foi oficialmente excomungado da Igreja Católica (Édito de Worms). Numa época em que Estado e Igreja eram fortemente aliados, não tardou para que Lutero e seus seguidores tivessem também os direitos civis cassados, o que acabou acontecendo em 26 de maio de 1521.
Lutero exilou-se, secretamente, no Castelo de Wartburg, com o apoio de Frederico, o Sábio, príncipe-eleitor da Saxônia. No exílio, Lutero trabalhou no seu maior legado: em dois meses traduziu a Bíblia para o alemão. Em 1518, o reformador havia conhecido aquele que seria seu braço direito no processo da Reforma: o estudioso alemão Philipp Melanchthon.
Carlos 5º, rei da Espanha e imperador do Sacro Império Romano da Nação Germânica a partir de 1530, ordenou aos teólogos católicos a elaboração de uma refutação da confissão dos evangélicos. Esta refutação foi apresentada à Dieta de Augsburg no dia 3 de agosto. Ela exigia apenas a submissão dos evangélicos à autoridade da Igreja Romana. Mais do que nunca, tornou-se evidente que as diferenças entre as duas igrejas eram profundas e inconciliáveis.
Ainda em Augsburg, Melanchthon redigiu uma apologia à Confissão. Carlos 5º não a aceitou, por achar que os protestantes deveriam capitular. A Dieta lhes concedeu o prazo até 15 de abril de 1531 para voltarem ao seio da igreja romana e exigiu rigoroso cumprimento do Édito de Worms.
Embora desaconselhada por Lutero, foi constituída em fevereiro de 1531 uma poderosa agremiação política dos príncipes luteranos, denominada Liga de Esmalcalde (em referência à cidade na Turíngia, leste alemão). Porém, em vista do perigo representado pelo Exército turco às portas do império, em Viena, o imperador dependia da ajuda militar dos príncipes protestantes.
A liberdade religiosa aos protestantes foi tolerada com a assinatura da Paz de Nurembergue, em 23 de julho de 1532. Essa tolerância seria dada até a realização de um concílio da Igreja. O papa Paulo 3º, no entanto, empenhou-se com todos os meios para evitar que este concílio se realizasse em território germânico. O Concílio de Mântua, convocado por Paulo 3º, em 1537, para “exterminar a peste luterana”, como ele próprio se expressou, acabou não acontecendo.
Como os nobres protestantes estivessem convictos de que o encontro não seria livre, negaram-se a participar do Concílio de Trento (1545 - 1563), que desencadeou a contra-reforma, no pontificado de Paulo 3º.
Somente a Paz de Augsburg, em 1555, atendeu, de certa forma, aos anseios dos protestantes, pois incluiu a tolerância religiosa nos seguintes termos: os príncipes e cidadãos do império respeitariam a filiação religiosa de cada um e o povo teria a opção de adotar a confissão religiosa do respectivo domínio ou de emigrar a território que tivesse a confissão desejada.
[Fonte: DW World]